Dica 5: Use vinagre, limão e bicarbonato de sódio para limpeza

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Era comum ver as nossas avós utilizarem produtos caseiros para a limpeza da casa. Com a variedade de produtos químicos próprios para remover a sujeira, bem como a facilidade da vida moderna, o vinagre, o limão e o bicarbonato de sódio foram esquecidos para essa finalidade. Agora é o momento ideal para retomar o costume, pois, além de baratos, eles livram você do contato com a perigosa composição tóxica dos produtos de limpeza.

Detergentes, desinfetantes, água sanitária, amaciantes e companhia contêm em sua fórmula substâncias que poluem o ar, causam irritação nas vias respiratórias, alergias e, em alguns casos, até mesmo contaminação grave, caso sejam ingeridos.

Economize nas contas de casa. Proteja a família e o meio ambiente dos produtos químicos com a dica da semana. Veja a seguir quais as funções de limpeza do vinagre, do limão e do bicarbonato de sódio e como fazer.

VINAGRE
O vinagre branco é ideal para combater o mofo, retirar a gordura de superfícies e eliminar odores fortes. Ele substitui o detergente, o amaciante e os limpadores multiuso.

  • Para limpar o fogão depois de uma fritura: coloque um pouco de vinagre sobre a gordura e deixe por 15 minutos até soltar. Em seguida, passe um pano;
  • Para limpar azulejos: aplique o vinagre branco puro com uma escova de dente branca e pressione sobre os rejuntes. Deixe agir por duas horas. Em seguida, lave a superfície;
  • Para eliminar o cheiro de mofo: coloque uma bacia com vinagre branco puro dentro do local que estiver cheirando mofo. Deixe um dia inteiro (certifique-se de que ninguém da sua família esteja por perto, já que o cheiro do vinagre não é nada agradável);
  • Para limpar janelas e espelhos: dilua três colheres de vinagre em dez litros de água quente. Antes de passar a solução com vinagre, limpe o vidro com água e sabão;
  • Para retirar cheiros fortes como urina de animais de estimação: dilua 300 ml de vinagre em um litro de água morna e aplique no local que está com mau cheiro. Deixe secar naturalmente.

SUCO DE LIMÃO
O limão é um ótimo removedor de sujeira e manchas de ferrugem. Ele substitui água sanitária e removedor.

  • Para retirar ferrugem dos objetos: esfregue o suco de limão com uma palha de aço;
  • Para remover manchas de vinho e molho de tomate em tecidos: esfregue a mancha com limão, enxágue e deixe secar. Se ainda houver pequenas manchas no tecido, aqueça um litro de água e misture com quatro colheres de vinagre. Deixe agir por 15 minutos para, depois, enxaguar;
  • Para retirar gordura das louças: adicione um quarto de xícara de chá de limão dentro do frasco de detergente. Use o detergente com limão para lavar todas as louças engorduradas.

BICARBONATO DE SÓDIO
O bicarbonato de sódio é uma excelente opção para absorver odores e para limpar a cozinha. Ele substitui a água sanitária e o detergente.

  • Para desentupir ralos com gordura: ferva uma chaleira de água e misture com uma xícara de sal e uma xícara de bicarbonato. Jogue a solução no ralo e espere desentupir;
  • Para limpar pias de aço inoxidável: esfregue a superfície com bicarbonato para, pouco depois, enxaguar;
  • Para limpar panelas, frigideiras e assadeiras com alimentos grudados: misture água quente com três colheres de sopa de bicarbonato. Deixe dentro do recipiente até o alimento se soltar. Em seguida, esfregue com a bucha;
  • Para limpar recipientes de plástico manchados: misture duas colheres de sopa de bicarbonato com suco de um limão. Esfregue o plástico manchado e deixe-o descansar por 20 minutos. Em seguida, lave normalmente.

Sistema financeiro

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Relatório defende revisão do conceito de PIB
Economistas, como Joseph Stiglitz, defendem que o Produto Interno Bruto considere sustentabilidade e bem-estar social para calcular a riqueza de um país.

"A principal mensagem é a necessidade de se deixar de lado o fetichismo do PIB e de compreender os seus limites", disse o economista Joseph Stiglitz, professor da Universidade de Columbia. "Há muitos aspectos de nossa sociedade que não são cobertos pelo PIB", completou.

As declarações de Stiglitz, um dos maiores especialistas de macroeconomia, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2001, resumem o conteúdo do relatório preparado por ele e outros economistas de renome. O documento foi encaminhado para o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que se comprometeu a lutar pela revisão do conceito de PIB.

Um dos termos econômicos mais utilizados, o Produto Interno Bruto, conhecido como PIB, é o resultado da soma das riquezas produzidas e dos serviços disponibilizados por um país. Os investidores consideram o crescimento do PIB, sempre comparado ao ano anterior, para saber se a economia de uma nação está vivendo um bom ou mau momento.

A China, por exemplo, registra crescimentos espetaculares há anos consecutivos. O problema está no resultado ambiental desse espetacular desempenho. Os habitantes das principais cidades chinesas sofrem com problemas respiratórios graves causados pela forte poluição do ar. Em relação aos rios mais importantes, a água está contaminada. As indústrias, a exemplo do que ocorre em alguns lugares do Brasil, não hesitam em lançar seus dejetos químicos na natureza.

O problema, de acordo com os economistas que se preocupam com os fatores sociais, é que o PIB não leva em conta a sustentabilidade e o bem-estar humano. Ele tão somente considera o âmbito financeiro na avaliação da economia dos países. O professor Stiglitz chamou a atenção para o exemplo dos Estados Unidos. Entre os anos de 2000 e 2008, a renda média das famílias americanas, segundo os recentes dados do censo, caiu cerca de 4%. No mesmo período, o PIB cresceu.

Uma revisão do conceito de Produto Interno Bruto, através da inclusão da preocupação com o meio ambiente e com o bem-estar da população, por meio do combate à miséria, traria justiça para o indicador. Não basta que a economia cresça. O mais importante é que esse crescimento beneficie toda a sociedade.

Escreva para Bruno Toranzo, o autor do texto. Mande sua mensagem para o seguinte e-mail: brunovdpt@hotmail.com

Documentário Zugzwang - Última Parte

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Assista ao final do documentário. Se você perdeu alguma parte, busque os vídeos nas publicações anteriores.

"Há um nível crescente de conscientização no mundo. As pessoas agora estão cientes desse problema e estão entendendo por que ele está ocorrendo. O que me dá uma base para um otimismo de que talvez as coisas venham a acontecer."

"Acho que precisa começar com as pessoas. Nós achamos muito conveniente culpar os governos, mas os nossos governos são eleitos por nós. Os governos funcionam de acordo com o que cobramos deles, e, por isso, acredito que temos que conscientizar as pessoas. Nós mesmos precisamos tomar atitudes, como indivíduos."

RAJENDRA PACHAURI
Prêmio Nobel da Paz e Presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês)

"A globalização econômica permitiu a ganância e a destruição. A vida tem um sentido maior."

VANDANA SHIVA
Ambientalista e Filósofa

Documentário Zugzwang - 6ª Parte

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Não deixe de ver a penúltima parte do documentário.

"Precisamos encontrar um novo modelo de desenvolvimento, uma nova maneira de definir o que é qualidade de vida que pese menos sobre os recursos, mas, ainda assim, propicie dignidade e todos os tipos de oportunidade para as aspirações humanas."

THOMAS LOVEJOY
Biólogo e Ambientalista

"Estamos condenados a inventar um futuro diferente dos paradigmas falidos do passado. Temos que planejar e não ficar ao léu, vamos dizer, da anarquia dos mercados. Um desenvolvimento digno desse nome tem que se pautar por objetivos sociais e éticos e tem que reconhecer condicionalidades ecológicas. Um desenvolvimento socialmente includente e ambientalmente sustentável."

IGNACY SACHS
Economista e Sociólogo
Professor da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS, na sigla em francês)

Documentário Zugzwang - 5ª Parte

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Convidamos você para assistir ao documentário Zugzwang. Veja a quinta parte nesta publicação. Confira o que já passou nas publicações anteriores.

"Aqueles estômagos vazios não estão vazios por falta de alimento e sim por falta de poder aquisitivo."

IGNACY SACHS
Economista e Sociólogo
Professor da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS, na sigla em francês)

"Por que o preço dos alimentos dobrou da noite para o dia? A primeira razão, claro, é que os alimentos foram parar nas mãos dos especuladores globais. Especulação só pode estar ligada ao monopólio. A globalização e a OMC (Organização Mundial do Comércio) criaram sistemas monopolistas, em que cinco gigantes do comércio passaram a controlar o sistema de alimentos. Quando eles resolvem, empurram os preços para cima, ao mesmo em que atraem mais investimentos. E agora existem os fundos hedge, os bancos de investimento, todos querendo obter um lucro de 25% sobre os investimentos em itens de alimentação. Mas um lucro de 25% para os investidores significa alimentos 25% mais caros para os pobres, o que resulta na redução do direito à alimentação."

VANDANA SHIVA
Ambientalista e Filósofa

Dica 4: Não deixe os aparelhos eletrônicos no modo de espera (“stand by”)

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A dica da semana vai ajudá-lo a economizar na conta de energia elétrica. Ao contrário do que muitos pensam, os aparelhos conectados na tomada gastam, sim, energia. É um engano pensar que a luzinha vermelha do “stand by” acesa não consome energia. Alguns aparelhos eletrônicos, como micro-ondas, DVD e rádio, mantêm o relógio funcionando, mesmo quando não estão em utilização.

Ao terminar de usar o equipamento, adquira o hábito de retirá-lo da tomada. Quando você for viajar e passar alguns dias longe de casa, desligue todos os aparelhos da tomada, menos a geladeira e o freezer, que precisam estar conectados o tempo inteiro. Com esse cuidado, você não corre o risco de uma forte descarga de energia queimar os equipamentos da casa.

A seguir, disponibilizamos uma tabela que a Pro Teste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, criou para mostrar o quanto cada aparelho gasta com a opção “stand by” ligada.



Documentário Zugzwang - 4ª Parte

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Veja a quarta parte do documentário.

"Nos Estados Unidos, o consumo de cereais subiu cerca de 12% e não porque as pessoas estejam comendo mais, mas porque mais cereais são desviados para os biocombustíveis. Eu acho que esse fenômeno dos EUA está tendo um impacto juntamente com o agronegócio, a especulação, os biocombustíveis e o aquecimento global causado pelos Estados Unidos, porque eles são os maiores poluidores, em termos de destruição climática. Se você olhar antentamente, estamos em uma situação em que a escassez de alimentos está sendo sentida por todos devido ao aumento dos preços, mas as causas estão concentradas em poucas mãos."

VANDANA SHIVA
Ambientalista e Filósofa

Site de buscas Eco4Planet planta nova árvore a cada 50 mil pesquisas realizadas

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O Google demonstrou sua preocupação com o meio ambiente com uma novidade muito interessante. Depois de disponibilizar aos internautas diversos modelos de páginas de busca, o gigante da internet colocou no ar o portal voltado para a preservação da natureza: a cada 50 mil pesquisas feitas no eco4planet, uma muda de árvore será plantada.

Para participar dessa corrente em nome de um mundo mais verde, basta entrar no endereço http://www.eco4planet.com/pt/ para fazer suas pesquisas. Use o eco4planet, em vez do buscador tradicional, para encontrar as respostas dos seus questionamentos diários. Até agora, de acordo com o portal, foram plantadas 20 árvores.

Participe. Não custa nada. Colabore com o futuro do nosso planeta!

Gisele Bündchen é escolhida embaixadora da ONU para o Meio Ambiente

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Crédito foto: AFP
Conhecida mundialmente por sua beleza nas passarelas, a top model brasileira Gisele Bündchen, de 29 anos, agora é embaixadora da ONU para o Meio Ambiente. A modelo recebeu das mãos do diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA, na sigla em inglês), Achim Steiner, o título de embaixadora da boa-vontade em uma cerimônia realizada no último domingo, dia 20 de setembro, no Washington Square Park Fountain, em Nova Iorque.

Simpatizante da causa que luta pela preservação das nascentes e matas ribeirinhas do Xingu, no Mato Grosso, Gisele agradeceu a oportunidade e defendeu o projeto “Y Ikatu Xingu”, pois acredita ser a única solução para que as futuras gerações tenham acesso aos recursos naturais no futuro.

Grávida de seis meses e vestindo uma camiseta com dizeres a respeito do futuro acordo de Copenhague, a top se diz preocupada com o futuro do seu bebê e falou sobre os riscos do aquecimento global. “Eu cresci em uma cidade pequena e tive a oportunidade de viver rodeada pela natureza, por isso devemos preservar as nossas matas e impedir que o aquecimento global aumente”, afirmou.

Com a nomeação, Gisele será a primeira brasileira a fazer parte do time de celebridades, como Angelina Jolie, Oprah Winfrey e Nelson Mandela, que possuem o título da ONU. O evento de ontem faz parte de uma série de atividades organizadas pelo Pnuma em comemoração à semana global do clima.

Mande uma mensagem para a autora Carolina Vertematti pelo blog ou para o e-mail:
carolvertematti@gmail.com

Documentário Zugzwang - 3ª Parte

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Não deixe de ver a terceira parte do documentário. Para assistir ao que já passou, busque os vídeos nas publicações anteriores.

“Uma biocivilização moderna é uma civilização que vai produzir alimentos, ração animal, adubo verde, energias, materiais de construção, matéria-prima para toda uma química verde, e você tem um mundo que se abre a nossa frente.”

IGNACY SACHS

Economista e Sociólogo
Professor da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS, na sigla em francês)

Documentário Zugzwang - 2ª Parte

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Confira a segunda parte do documentário:

“O impacto da mudança climática sobre os pobres é muito mais sério do que sobre os ricos. Se permitirmos que isso aconteça, as diferenças entre ricos e pobres vão se tornar ainda maiores.”

RAJENDRA PACHAURI
Prêmio Nobel da Paz e Presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês)

Comemorações do Dia da Árvore: "Eu neutralizo" no Rio e nós "Click"amos em todo o Brasil

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Na próxima segunda-feira, dia 21 de setembro, é comemorado o Dia da Árvore. Pode parecer uma data sem importância, mas se levarmos em consideração os números, vamos perceber que o verde do nosso país está prestes a atingir o alerta vermelho.

De acordo com o relatório da ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento na Amazônia em julho deste ano foi 93% maior que o verificado no mesmo mês de 2008. O SAD, Sistema de Alerta de Desmatamento, detectou, por meio de imagens de satélites, que foram derrubados, pelo menos, 532 km² de florestas em julho, enquanto, no mesmo mês do ano passado, a área derrubada foi de 276 km².

Para quem mora no Rio de Janeiro e quer tomar alguma iniciativa que represente muito para o meio ambiente e ainda aproveitar o dia para passear com a família, pode participar neste domingo, dia 20 de setembro, do projeto “Eu Neutralizo”, no Jardim Botânico do Rio.

O evento vai apresentar formas de preservação e educação ambiental através de uma programação desenvolvida para adultos e crianças. Além disso, vai ser uma ótima forma de comemorar o Dia da Árvore, pois todas as atividades vão destacar a importância do reflorestamento e o papel das árvores na absorção de carbono na atmosfera.

“Eu Neutralizo” vai contar também com peças de teatro, gincanas, exposições e passeios guiados na área verde do Jardim Botânico. Cada participante do evento vai receber uma “roda da sustentabilidade”, com dicas e explicações sobre o aquecimento global e seus desafios. Durante o passeio, os visitantes também poderão calcular o impacto das suas atitudes no meio ambiente.

O evento “Eu Neutralizo” vai das 9h às 17h, cada ingresso custa R$ 5 e só pode ser comprado na hora, na bilheteria do Jardim Botânico, que fica na Rua Jardim Botânico, nº 920, Jardim Botânico, na cidade, claro, do Rio de Janeiro. Para mais informações, ligue para o telefone (21) 2279-8426.

Para quem não mora no Rio de Janeiro, mas não quer que o Dia da Árvore passe em branco, basta dar um “click” e ajudar a mudar o quadro de devastação da Mata Atlântica. Para isso, é só entrar no site www.clickarvore.com.br e clicar em “Plantar”. O programa tem como objetivo o reflorestamento da Mata Atlântica com espécies nativas. Cada "click" equivale ao plantio de uma árvore, custeado por empresas patrocinadoras e pela própria sociedade civil.

Se você deseja falar com a autora do texto, Cintia Roberta, deixe o seu comentário ou mande um e-mail para ctaroberta@gmail.com

Documentário Zugzwang

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Não deixe de assistir ao documentário Zugzwang. Desenvolvido pelo roteirista e diretor Duto Sperry, com a participação de especialistas brasileiros e estrangeiros de diferentes áreas, o resultado do trabalho é realmente incrível. Por meio de um ritmo de narração contagiante, o filme aborda a necessidade da transição da "velha economia", fundamentada no uso do petróleo como energia, para a "nova economia", baseada na utilização das energias renováveis, assunto que defendemos nas publicações deste blog e nos capítulos do livro em estágio de elaboração.

Além da mudança na matriz energética, os profissionais do Zugzwang, assim como nós pensamos, mostram que o modo de organização da sociedade tem de privilegiar o respeito ao ser humano, por meio do combate às formas de miséria e pobreza, e ao meio ambiente, através da preservação dos nossos recursos naturais. É a hora do planeta se mover para alterar o sistema econômico predatório em que vivemos sob pena de enfrentarmos dias realmente ruins no futuro.

Nos próximos dias, disponibilizaremos as sete partes do documentário. Veja a primeira a seguir:

Descoberta científica

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Cientistas comprovam relação entre CO² e formação ou derretimento do gelo
A Antártica só existe, porque se formou em um período da Terra de baixa concentração de dióxido de carbono.

Os cientistas evidenciaram a relação que existe entre os níveis de dióxido de carbono na atmosfera e a formação ou o derretimento do gelo. O estudo mostrou, por meio de amostras de rochas africanas, que a cobertura de gelo da Antártica, formada há 34 milhões de anos, só se formou, porque o mundo vivia em uma época de baixa concentração de CO² na atmosfera terrestre.

Através da análise dos fósseis de conchas de plâncton, que viviam na superfície do oceano em um passado completamente remoto, foi possível medir a concentração do gás-estufa naquela época. Esses organismos, apesar do tempo transcorrido, são capazes de revelar uma informação considerada estratégica em dias de alerta para os efeitos nefastos que o aumento da temperatura pode trazer.

O resultado prático de tudo isso é preocupação. Dentro de alguns anos, sentiremos os reflexos ambientais do efeito contrário. Em vez de pouco dióxido de carbono, vivemos com muito (sem falar dos outros gases-estufa diariamente lançados em volumes generosos), situação tão ou mais desesperadora. E pior: o aumento da concentração de CO² não é fruto de um acontecimento da natureza. Não se trata, como ocorreu lá atrás, do fim de um período geológico.

Muito pelo contrário. O brilhante Homem, com seus bilhões de carros movidos a petróleo cujos escapamentos soltam, sem nenhum pudor, aquela fuligem horrorosa preta no ar que respiramos, é o único responsável pelo que pode ser encarado como o grande desafio da história da humanidade.

Leia o estudo completo no site da revista científica britânica Nature.

Mande uma mensagem. Converse com Bruno Toranzo, o autor do texto, no seguinte e-mail: brunovdpt@hotmail.com

Sistema financeiro

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FMI agora defende regulação no mercado financeiro
Por ser uma instituição financeira adepta ao livre mercado radical, sem a presença do Estado para fiscalizar o capital privado, entrevista do diretor-geral causa, no mínimo, estranheza.

Como instituição financeira conservadora, ferrenha defensora do livre mercado radical, sem qualquer "amarra" do Estado, o FMI (Fundo Monetário Internacional) sempre foi temido pelos países pobres, em especial os latino-americanos. A economia brasileira já dependeu, durante os anos 80 e boa parte dos 90, dos seus empréstimos para não quebrar de vez. O problema estava no que os economistas do fundo pediam em troca do crédito concedido. A receita conhecida como neoliberal pregava a privatização em larga escala, a redução dos gastos do Estado, excluindo os projetos sociais, e a ausência de regulamentação para o capital privado.

Em entrevista à revista semanal alemã Der Spiegel, o diretor-gerente do FMI, o francês Dominique Strauss-Kahn, defendeu, vejam vocês, alguma regulação do governo sobre as atividades do mercado financeiro. Muito longe da influência do passado, a instituição financeira, criada nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, sofre para negociar com os países-membros o aumento do capital disponível em seu caixa. O jornal O Estado de S. Paulo trouxe em uma das páginas do caderno de Economia do dia 15 de setembro, uma terça-feira, a conversa na íntegra. Leia os principais trechos:

PERGUNTA: O diretor executivo do Goldman Sachs (importante banco de investimento americano) disse, após a crise, que o episódio teria sido uma “tempestade perfeita”, argumentando que não se pode fazer nada para se proteger de uma tempestade perfeita.

STRAUSS-KAHN: Trata-se de uma metáfora equivocada. A sociedade humana não é uma força da natureza. A crise financeira foi um acontecimento catastrófico, mas um acontecimento criado pela ação do homem. A lição que todos precisamos aprender é que mesmo uma economia de livre mercado precisa de alguma espécie de regulação, caso contrário o seu funcionamento é comprometido.

PERGUNTA: O senhor está satisfeito com as realizações do FMI nesta crise?

STRAUSS-KAHN: O FMI desempenha papéis diferentes. O primeiro é tentar disponibilizar alertas preventivos contra crises iminentes. Antes da crise, nosso trabalho nesse sentido não foi tão bom quanto poderia ter sido. Uma segunda parte do nosso trabalho é oferecer conselhos aos responsáveis pela tomada de decisões e elaboração de medidas. Nesse aspecto, correspondemos às expectativas. Afinal, as principais reações à crise foram sugeridas por nós.

PERGUNTA: O FMI dispõe de recursos suficientes para desempenhar seu papel no futuro?

STRAUSS-KAHN: Contamos agora com o compromisso de US$ 500 bilhões em recursos adicionais por parte dos países-membros. Dispomos de recursos suficientes para arcar com nossas responsabilidades tradicionais de empréstimo.

PERGUNTA: Muitos gostariam de ver o FMI desempenhar o papel de super-regulador...

STRAUSS-KAHN: Não vejo o FMI como um policial, e sim como um médico. Oferecemos conselhos ao paciente e o ensinamos a conservar uma boa saúde. Se ele adoecer, damos o remédio (bem amargo, por sinal, considerando o passado da instituição).

Estou esperando sua mensagem. Escreva para mim. Estou disponível no e-mail: brunovdpt@hotmail.com

Dica 3: Ande mais a pé, dê e peça carona

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Um dos maiores problemas das grandes cidades são os congestionamentos, causados pelo excesso de veículos nas ruas, filas de carros que poluem o ar e estressam todo mundo. Com o crescimento econômico, ao lado da falta de investimento em transporte público, os percursos, antes realizados em menos tempo, viraram uma tortura para os motoristas.

Para diminuir os congestionamentos, a dica de hoje é: deixe o carro em casa sempre que for possível. Imagine como seria melhor uma cidade com poucos carros nas vias, menos poluição e ainda mais tempo para curtir com a família, já que a maior reclamação dos motoristas é a perda de tempo nos intermináveis engarrafamentos.

Quando o trajeto for curto como ir à padaria ou à farmácia que fica na esquina de casa, vá a pé ou de bicicleta. O corpo, o meio ambiente e a cidade agradecem. Evitar a retirada do carro da garagem reduz e muito a emissão de gases nocivos à saúde e ao planeta, como é o caso do gás carbônico (CO²), um gás-estufa responsável pelo aquecimento global.

Outra dica que ajuda a reduzir o número de automóveis é participar do movimento da carona solidária, ou seja, descubra colegas de trabalho, vizinhos e amigos que façam trajetos parecidos com o seu. Tal parceria no transporte diminui os gastos com combustível, estacionamento, além, é claro, de melhorar o trânsito, e ainda você encontra uma companhia para conversar durante o caminho.

Não tenha vergonha: dê e peça corona e seja responsável com o futuro do planeta.

Setor de plástico investirá R$ 7 milhões em campanha de defesa das sacolinhas

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Enquanto o comércio, com destaque para os supermercados, discute formas para substituir as sacolinhas plásticas, empresários do setor de plástico e petroquímico anunciaram o investimento de R$ 7 milhões em campanha publicitária para defender o uso do material. O objetivo da campanha será trabalhar com a reutilização e descarte apropriado dos sacos plásticos para não agredir o meio ambiente.

Contratada pelo Instituto Plastivida, pela Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) e pelo Instituto Nacional do Plástico (INP), a agência de publicidade W/Brasil vai mostrar as várias funções, além de carregar as compras do mercado, que a sacola plástica tem, principalmente aquelas no ambiente doméstico, como a de receber o lixo da casa.

Em contramão a uma crescente onda de leis municipais e estaduais que proíbem o uso do plástico para a fabricação de sacolas e defendem alternativas como a utilização de sacolas de pano para carregar as compras, a indústria petrolífera acredita na conscientização da população para o descarte adequado e programas de coleta seletiva eficientes que evitem a proibição do uso do material.

Aproveitando a entrevista coletiva à imprensa na última quarta, dia 10 de setembro, em São Paulo, as entidades responsáveis pela campanha apresentaram dados que comprovam que a queima de 1 kg de sacolas plásticas descartadas gera a mesma energia que a queima de 1 kg de óleo diesel.

Caso essa relação seja provada, estará travada uma longa batalha entre ambientalistas e fabricantes de plástico que defendem ideias contrárias de utilização e reaproveitamento de um material conhecido por ser tão poluente para a natureza.

Mande uma mensagem para Carolina Vertematti, autora do texto, no e-mail: carolvertematti@gmail.com

"Nova Economia" em pauta - Última Parte

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“O setor de energia está longe de ser o grande responsável pelas emissões”
Presidente da Empresa de Pesquisa Energética disse que participação do setor de energia na emissão de gases-estufa brasileira é de apenas 2,2%.

“No setor elétrico, os Estados Unidos emitem mais de 200 vezes a quantidade de gases-estufa quando comparados ao Brasil”, disse Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Ele fez a comparação como forma de mostrar que o setor energético nacional está longe de ser o grande responsável pela incômoda quinta posição brasileira entre os maiores emissores dos gases responsáveis pelo aumento da temperatura global. “A responsabilidade do desmatamento na emissão dos gases-estufa é de 60%. O setor de energia responde por meros 2,2%”, completou.

O presidente da EPE mostrou que as hidrelétricas, uma fonte limpa e renovável, geram 81% da energia do país. Já a queima do carvão, extremamente poluidor, uma fonte de energia fóssil, dá origem a outros 6%. No mundo, os números se invertem, já que 41% são advindos do carvão, e apenas 10% vêm das hidrelétricas. Para efeito de comparação, ele escolheu a poluidora China e o renovável, pelo menos em matéria de energia, Brasil. “Enquanto a China gera 40.000 GW pela queima de carvão, nós geramos 100.000 GW através de nossas hidrelétricas”, comparou.

“O Brasil só usou pouco mais de um terço do potencial hidrelétrico. Grande parte desse potencial está nos rios da região Norte. O Rio Madeira é um bom exemplo”, afirmou Tolmasquim. As usinas hidrelétricas causam poucos prejuízos ambientais e melhora a qualidade de vida dos moradores das áreas próximas. Ele lembrou que a usina de Belo Monte, que será erguida no rio Xingu, obrigará o vencedor da licitação a manter áreas de preservação ambiental e projetos sociais. A expectativa é de que a renda da região será multiplicada em até quatro vezes a partir de 2014, data de começo das operações.

Quanto ao leilão de energia realizado no ano passado, ocasião em que o governo privilegiou a contratação de termoelétricas, Tolmasquim disse que essa escolha foi uma situação isolada, sem possibilidade de se repetir, mas necessária. “Um país não pode depender exclusivamente da chuva. As termoelétricas vieram em um momento anterior à crise financeira, cuja expectativa de crescimento da economia, com aumento do gasto energético, era maior”, justificou.

Antigamente, as usinas hidrelétricas estocavam água para a utilização em momentos de emergência, de ausência de chuvas. Hoje em dia, depois das determinações ambientais, não se pode mais estocar. As novas usinas, que não guardam determinado volume de água, são chamadas de fio d’água. “Se não chover, não tem água. A partir do momento que os administradores percebem um leve esvaziamento do reservatório de uma usina hidrelétrica, eles imediatamente ligam as termos. Não se pode deixar o reservatório esvaziar por completo”, finalizou.

Para conversar com Bruno Toranzo, o autor do texto, envie uma mensagem para brunovdpt@hotmail.com

"Nova Economia" em pauta - 2ª Parte

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Diretor da Coppe chama a atenção para o potencial hídrico brasileiro
Mesmo sendo o país com o maior volume de água dos rios ao seu dispor no mundo, o Brasil ocupa apenas a quarta posição na quantidade de energia advinda das hidrelétricas.

Em suas primeiras palavras, o diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, enfatizou que o Brasil é exemplo para o mundo em matéria de energia renovável. Com 45% de participação na geração da energia elétrica nacional, as fontes renováveis, com destaque para as hidrelétricas, colocam os brasileiros, na comparação com os outros países, na posição de liderança. Ainda segundo os slides mostrados pelo professor, o mundo utiliza apenas 10% da energia vinda de fontes limpas, e os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), somente 5%.

“O Brasil possui o maior potencial hídrico do mundo. Mas, em termos de hidrelétricas construídas, está atrás de outros países”, disse Rosa. Levando em conta os números de 2005 divulgados pela IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês), o Brasil aparece na quarta posição, com 71.060 MW de capacidade instalada, atrás de Canadá, Estados Unidos e a líder China, que possui 100.000 MW em funcionamento.

Para o professor, que exerce o cargo de secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudança Climática, o governo brasileiro está mudando sua posição em relação aos desafios ambientais. “O governo está mudando sua posição. A concordância com o perigo de aumento da temperatura em dois graus é uma indicação. O Brasil vai defender o princípio da responsabilidade comum, porém diferenciada”, afirmou.

Essa ideia consiste em responsabilizar os países ricos pela poluição causada pelo desenvolvimento da economia nos anos anteriores. Assim, os países em desenvolvimento, ao contrário dos desenvolvidos, não terão metas obrigatórias de redução, cabendo a eles sugerir a diminuição das emissões para os empresários locais.

Uma possibilidade interessante, segundo o professor, para diminuir as emissões dos gases-estufa é a utilização da energia elétrica advinda do lixo. “Utilizar o lixo para obter energia evita a emissão descontrolada de metano nos aterros sanitários”, garantiu. “O petróleo pré-sal tem um potencial enorme para financiar a adoção dos diferentes tipos de energia renovável”, completou.

No final da apresentação, Rosa mostrou alguns projetos que estão sendo desenvolvidos pelo instituto de engenharia da UFRJ. O protótipo do ônibus movido a hidrogênio, com autonomia de 100 km, está pronto. “Estamos aguardando o interesse dos empresários em adotar essa tecnologia no dia a dia”, disse. Já o trem de levitação magnética, com velocidade de 70 km/h, está prestes a ser construído pelos alunos da Coppe.

Na próxima publicação, você vai ler o que disse Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), durante o seminário.

Converse com o autor do texto. Envie uma mensagem para o e-mail do Bruno Toranzo: brunovdpt@hotmail.com

"Nova Economia" em pauta

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Secretário estadual do Meio Ambiente critica governo federal e Petrobras
Para Francisco Graziano, o país não está comprometido com as questões do meio ambiente, e a Petrobras só começou a falar dos efeitos ambientais da exploração do pré-sal por pressão política.

Acompanhei ontem, quinta-feira, dia 10 de setembro, as discussões do III Seminário Créditos de Carbono e Mudanças Climáticas – Propostas e Desafios para a Sustentabilidade Ambiental, realizado no Hotel Renaissance em São Paulo. Além da presença do secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Francisco Graziano, foram convidados nomes de destaque do setor de energia, como o diretor da Coppe, instituto voltado para pesquisa na área de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Luiz Pinguelli Rosa, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.

A abertura do evento ficou sob responsabilidade do representante do governo estadual. Ele destacou que o governo federal tem um pensamento conservador por encarar as fontes energéticas renováveis como amarras ao crescimento econômico. “Não adianta defendermos metas arrojadas em Copenhague se continuarmos usando uma fonte de energia tão suja, advinda de um combustível fóssil, em nossos carros. Os escapamentos, com cerca de 90%, são os grandes responsáveis pela poluição das grandes cidades”, disse.

O secretário considera a crise ambiental uma possibilidade rentável de negócios. Em um primeiro momento, as iniciativas consideradas verdes só vão sobreviver se receberem ajuda do governo. “Para garantir escala de competição aos novos setores da economia, deverá haver subsídios do Estado. A economia fundamentada no petróleo tem mais de um século, uma estrutura, portanto, sólida”, afirmou.

Por falar em petróleo, Graziano manifestou preocupação com os prováveis prejuízos ambientais trazidos pela exploração das enormes jazidas do pré-sal, como a urbanização da Serra do Mar, região rica em recursos naturais que sofreria um processo predatório de extração do óleo recém-descoberto. “A Petrobras patrocina tudo. Ela quer se mostrar sustentável. Mas o pré-sal vai trazer muita poluição. Só passaram a discutir as conseqüências para o meio ambiente quando perceberam risco para a popularidade da futura candidatura Dilma (a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, muito provavelmente, será a candidata petista à presidência nas eleições do ano que vem)”, concluiu.

Leia outros trechos do discurso do secretário:

“Esse país se preocupa muito com a Amazônia e pouco com o restante do meio ambiente”;

“Discute-se muito qual será a meta brasileira (quanto podemos nos comprometer na diminuição das emissões em Copenhague), mas não sabemos nem quanto emitimos. Um assunto dessa natureza encontra uma base de dados extremamente frágil referente ao ano de 1990”;

“O Estado de São Paulo elaborou uma lei própria para definir metas setoriais de emissão. Enviamos para a Assembleia Legislativa para votação em caráter de urgência. A meta paulista é reduzir em 20% as emissões de carbono”;

“Aqui em São Paulo, nós não vamos licenciar termoelétricas, ao contrário do que está ocorrendo nos leilões realizados pelo governo federal”;

“No fundo, o que estamos discutindo é a possibilidade de uma nova economia, uma nova civilização. É preciso, sim, investir nas fontes renováveis”.

Nas próximas publicações, você vai conferir o que disseram os outros especialistas.

O autor Bruno Toranzo está disponível para conversar sobre o evento no e-mail: brunovdpt@hotmail.com

Viver com consciência

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Nós vivemos em um ritmo frenético. Normalmente, não damos conta de cumprir todas as nossas tarefas diárias. É uma dramática luta contra o tempo. Em meio à correria, tomamos algumas atitudes que prejudicam o meio ambiente.

Na tentativa de facilitar a nossa vida, o consumo inadequado dos alimentos, sem respeitar nossa própria saúde, aumentou. Entre uma tarefa e outra, o almoço foi substituído pelo lanche, uma maneira rápida de vencer a fome. Como resultado, a falta de educação de alguns faz com que embalagens, garrafas, papéis de bala e, claro, as bitucas de cigarro sejam jogadas nas calçadas das grandes cidades.

Cidades essas que possuem milhões de habitantes, sendo que cada pessoa produz, em média, 1,5 kg de lixo por dia. Mas, afinal, para onde vai todo esse lixo? A maior parte tem um destino impróprio, ruim para a natureza. Uma solução para esse problema depende, na verdade, das atitudes e iniciativas de cada um.

O ato de separar o plástico, papel, metal e vidro do lixo orgânico dentro de nossas casas, por exemplo, faz a maior diferença. Como alternativa para o lixo orgânico, temos a compostagem, processo que transforma o lixo em adubo, cuja estrutura, nas devidas proporções, pode ser montada até mesmo nas residências. Para se ter ideia, o lixo orgânico representa 60% do total de resíduos nas cidades. No Brasil, um terço dos alimentos vai para o lixo.

Por isso, não custa nada consumir com responsabilidade e reutilizar o máximo que conseguirmos. Se não fizermos isso, o custo que vamos pagar pode ser muito caro para nossas vidas.

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Dica 2: Economize água fechando a torneira para escovar os dentes e diminuindo o tempo no banho

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Quando crianças, aprendemos que não existe vida sem água. No entanto, pouco mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso a uma fonte de água limpa em volume suficiente para suprir as necessidades básicas diárias. De acordo com a FAO, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, dentro de 20 anos, cerca de dois terços da população mundial enfrentará a escassez de água. Isso significa que os brasileiros, mesmo privilegiados com os recursos hídricos disponíveis no território, também sofrerão com a falta de água nos próximos anos.

O primeiro passo para um futuro confortável é pensar no longo prazo. Como a humanidade viverá daqui a alguns anos? Para que não tenhamos problemas, a dica da semana é não desperdiçar esse valioso recurso. Toda vez que você deixa a torneira aberta para escovar os dentes e o chuveiro aberto para tomar banho são gastos litros e mais litros de água. Pense, reflita e veja a necessidade de gastar toda essa quantidade de água nos momentos de cuidado com a higiene.

Caso você escove os dentes com a torneira fechada, economizará, ao final de um ano, 14 mil litros de água.












Fonte: Revista Sustentabilidade

Ao diminuir o tempo de banho de 15 minutos para 5 minutos, você economizará, em um ano, 7 mil litros de água.














Fonte: Revista Sustentabilidade

O bom e velho ditado continua a ser muito útil: “Usando bem, ninguém fica sem”.

Participe você também dessa corrente em nome da economia de água. Não deixe de comentar a dica.

Sistema financeiro

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Taxa Tobin volta a ser mencionada por autoridade financeira
Presidente da agência reguladora britânica se manifesta a favor da criação do imposto sobre as transações do mercado.

O presidente da Financial Services Authority (FSA), agência reguladora do sistema financeiro britânico, propôs a criação de uma taxa global sobre as transações financeiras, como forma de diminuir os nefastos impactos do capital irresponsável chamado de especulativo. Adair Turner disse que as atividades financeiras estão superdimensionadas, já que os executivos, mesmo em tempos de crise econômica, continuam recebendo altos salários, situação que exige uma resposta adequada dos governos.

“Se queremos coibir as remunerações excessivas no mercado financeiro, precisamos reduzir o tamanho desse setor ou aplicar impostos especiais sobre os lucros”, disse Turner em entrevista à revista inglesa Prospect.

A ideia de taxar a atividade financeira não é nova. Há mais de trinta anos, o americano James Tobin, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1981, um ferrenho crítico do capitalismo sem a presença de limites impostos por organismos do Estado, propôs a criação da Taxa Tobin. Por meio dela, o governo cobraria imposto sobre 1% do valor das transações financeiras. Levando em consideração o tamanho do sistema financeiro internacional atualmente, a arrecadação poderia atingir cerca de US$ 170 bilhões por ano. Esse dinheiro, de acordo com a proposta de Tobin, seria remetido ao fundo mundial de combate à pobreza.

Os franceses, ao lado dos partidos de esquerda portugueses, sempre concordaram com a proposta. Como consequência, a indústria financeira lança vez ou outra palavras de ataque aos dois países. Agora, com a economia sofrendo os reflexos da ambição desmedida dos agentes financeiros, crise iniciada no mercado imobiliário americano, outros países estão um pouco mais simpáticos à ideia da taxação.

A contração do PIB (Produto Interno Bruto), soma da riqueza gerada pelos serviços e produtos disponibilizados por um país, da Grã-Bretanha no segundo trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, foi de 5,5%, a pior taxa da série histórica iniciada em 1955.

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Cimento ecológico advindo do Cannabis reduz a emissão de carbono

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É impossível imaginar a realização de uma obra sem cimento. E só a indústria cimenteira é responsável por quase 7% das emissões mundiais de gás carbônico, segundo o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), porque no processo de fabricação de cada tonelada de clínquer, o componente principal do cimento, é liberada a mesma quantidade de dióxido de carbono (CO²) na atmosfera.

A saída para alguns fabricantes foi diminuir esse produto na fórmula do cimento e, assim, reduzir o impacto que a sua fabricação causa no meio ambiente. Isso tem acontecido com CPIII, tipo de cimento que substitui o clínquer por restos de material das siderúrgicas, como sobras de minério de ferro, coque e calcário.

A vantagem é que, além do produto ser mais resistente, ele é ecologicamente correto. Entretanto, a produção ainda está restrita ao sul e sudeste por causa da grande quantidade de indústrias siderúrgicas situadas nessas regiões. As cimenteiras Votorantim, Holcim, Camargo Corrêa, Lafarge e João Santos produzem o cimento ecológico no Brasil.

Na Europa, também foi desenvolvido um cimento que emite menos CO² no ar no processo de fabricação, porém existe muita polêmica sobre seu uso. Tudo porque o concreto Hemcrete, como é chamado, tem em seu composto o cânhamo, fibra vegetal que deriva do Cannabis, gênero botânico do qual se produz maconha e haxixe.

O principal benefício do inovador cimento, de acordo com a fabricante Tradical, é que o produto sequestra carbono do ar, já que o cânhamo absorve CO² durante o crescimento. Outro ponto positivo do ponto de vista ambiental: quando ocorre a demolição de uma construção feita com esse tipo de material, ela tem a capacidade de virar fertilizante para o solo.

Mesmo com as vantagens para a preservação do meio ambiente, esse cimento não é largamente produzido, porque, como dissemos, a fibra vegetal não é bem vista ao redor do mundo por estar associada ao plantio da maconha e do haxixe. No Brasil, por exemplo, esse tipo de produto não é permitido para comercialização.

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Projeto de arborização em Franca

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Um bom exemplo em Franca, interior de São Paulo. Para aumentar a área verde da cidade, a prefeitura desenvolveu um projeto de arborização: o Projeto Verde é Vida. Para isso, mais de 20 espécies de mudas de árvores foram distribuídas para a população. As árvores são próprias para a área urbana, como Magnólia e Canelinha.

A cidade conta com 600 hectares de área verde. O projeto também prevê reverter a situação das árvores que foram plantadas de forma inadequada. Pois, além de danificar as calçadas, essas árvores podem causar problemas especialmente em época de chuva.

O plantio das mudas é feito em frente às casas, e os cuidados com a irrigação ficam por conta do morador. Os residentes recebem orientação e um termo de responsabilidade. A Secretaria de Meio Ambiente de Franca já recebeu mais de 5 mil pedidos. A expectativa é plantar mais de um milhão de árvores até 2012.

Para quem mora na região e quer participar do programa Verde é Vida, basta ligar para o telefone (16) 3703-0454 e solicitar as mudas gratuitamente. No momento do pedido, a pessoa fornece as informações do local em que deseja plantar. Isso evita plantios de espécies impróprias como, por exemplo, aquelas que produzem muitas raízes em ruas com calçadas estreitas.

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Paraíba: 98% das cidades têm problemas com lixo

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De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública a falta de coleta diária gera 20 mil toneladas de lixo que vão parar em lixões, terrenos baldios e rios. O descarte inadequado, além de prejudicar o meio ambiente, gera problemas de saúde pública.

Com o passar do tempo, esse quadro vem se agravando em todo o país. Só no Nordeste, 68% dos resíduos domésticos têm destino impróprio. Um estudo do Ibama mostra que 98% dos municípios paraibanos têm problemas com o lixo.

Em Campina Grande, o segundo município mais populoso do estado, o lixo produzido por quase 400 mil moradores é despejado em um lixão a céu aberto, sem nenhum tipo de tratamento. A prefeitura diz que há um projeto de criação de um aterro sanitário, mas não há data prevista.

De acordo com o superintendente do Ibama da Paraíba, Ronilson José da Paz, a questão do lixo é negligenciada pelas prefeituras. "A multa não vai para a pessoa física do prefeito, mas para a prefeitura e quem termina pagando é a população", explicou durante reportagem veiculada na TV Record.

O custo de um aterro sanitário varia de 5 a 10% do orçamento de uma cidade, por isso o Ibama acredita que a solução está na integração dos municípios para desenvolver uma gestão compartilhada do lixo baseada no reaproveitamento dos materiais. O investimento em reciclagem, além de gerar empregos, diminui o volume do lixo.

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Reestruturação

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Os tempos mudaram, mas as instituições globais ainda são as mesmas
A decadência do Banco Mundial, do FMI e da própria ONU mostra que novos países, como o próprio Brasil, exigem espaço no cenário de representatividade internacional antes dominado pelas nações desenvolvidas.

Nos dias finais da Segunda Guerra Mundial, os países vencedores, liderados pelos Estados Unidos, fizeram uma reunião em território americano para discutir como ficaria a nova ordem global. Dilacerados pela extensa e sangrenta guerra, os países europeus, como Inglaterra e França, aceitaram passivamente as sugestões americanas. O encontro ficou historicamente conhecido como “Conferência de Bretton Woods”.

Como resultado, o dólar se tornou a moeda internacional, utilizada nas incontáveis transações comerciais e financeiras diárias. Além disso, foram criadas duas importantes instituições globais, uma voltada para o aconselhamento econômico de adequação ao livre-mercado, o FMI (Fundo Monetário Internacional), e outra voltada para a formulação de políticas de reconstrução dos países destruídos pela guerra, o Banco Mundial. Hoje, o BM tem por objetivo promover avanços sociais nos países pobres.

Algum tempo depois, em 1945, ainda sob forte influência americana, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas) para evitar que um conflito daquela magnitude ocorresse novamente. O objetivo da instituição é promover o diálogo entre as nações, principalmente das que estão em pé de guerra.

Essa estrutura pós-guerra perdura até os dias de hoje. Mas, como sabemos, o mundo sofreu enormes mudanças. Além da recuperação dos países europeus, com a criação de um grande bloco voltado para a integração econômica do velho continente, outros personagens surgiram com expressão no cenário internacional.

Os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), sigla criada por um economista de um grande banco de investimentos americano, que reúne as economias com enorme potencial de alcançar o grupo dos desenvolvidos nos próximos anos, estão em um processo de plena ascensão. Com exceção da Rússia, dependente da exportação de petróleo, os outros passaram pelo pior momento da crise sem grandes traumas, bem diferente do que ocorreu com o seleto grupo das nações desenvolvidas.

A consistência econômica faz com que Brasil, Índia e China insistam em uma reformulação da estrutura política que leve em conta a opinião de um número maior de países. Um dos poucos efeitos positivos da globalização foi fazer com que outras nações obtivessem algum destaque. Hoje, ao contrário daquele mundo anterior à dissolução da União Soviética, o poder global se fragmentou em uma quantidade maior de países. Os Estados Unidos não têm, de maneira nenhuma, a mesma influência que possuía ao final da Segunda Grande Guerra.

Os brasileiros, por exemplo, lutam para conseguir uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, órgão das Nações Unidas que há muito tempo vive uma crise de credibilidade (a invasão do Iraque pelos americanos piorou a situação). O interesse do Brasil é opinar nos momentos de grandes ações internacionais, como a imposição de sanções comerciais, o envio de forças internacionais e a invasão de determinado país. Apenas cinco países têm esse privilégio, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China, já que são os únicos membros permanentes.

Muito mais importante do que o Conselho de Segurança é o aumento da representação dos países pobres e em desenvolvimento no Banco Mundial e no FMI. Ao longo da história, os americanos sempre presidiram o Banco Mundial, enquanto os europeus tradicionalmente ficaram com a presidência do FMI. É um acordo feito entre as duas maiores forças econômicas da história da humanidade desde o surgimento das instituições.

Enquanto não houver uma adequação do sistema político às profundas alterações econômicas, continuaremos vivendo em um mundo que está de cabeça para baixo. O FMI perdeu há muito tempo sua credibilidade. Os países, com razão, enxergam no fundo uma grande fonte de encrenca.

O liberalismo radical, através de uma receita que mistura ingredientes favoráveis aos grandes investidores e prejudiciais aos interesses da população, como privatizações em larga escala, corte de programas sociais, diminuição do tamanho do Estado e ausência do governo nas atividades do mercado, foi a política econômica que o FMI obrigou os países, principalmente os latino-americanos, a adotar para receber, durante os anos 80 e 90, os empréstimos de emergência da instituição. Com a inflação na casa dos milhares, corroendo o poder de compra do salário, esses países não tiveram escolha. O desespero fez com que colocassem em prática o até hoje temido neoliberalismo.

Já o Banco Mundial tenta desenvolver políticas sociais nos países que necessitam de ajuda, como a concessão de empréstimos, sob condições facilitadas, para o investimento, por exemplo, em saneamento básico. Sua maior luta, pelo menos no papel, está no combate à pobreza. Infelizmente, não está surtindo bons resultados, porque a fome, segundo a ONU, deve atingir a triste marca, um recorde, de 1 bilhão de pessoas no final deste ano.

Por fim, as Nações Unidas, com exceção do Conselho de Segurança, goza de algum prestígio. É a instituição global cujos países, sejam eles pobres, em desenvolvimento ou ricos, estão mais bem representados. Seu secretário-geral, o coreano Ban Ki-moon, tem uma boa reputação. Nos encontros internacionais, o maior representante da ONU discursa com fervor a respeito da perversidade de tantos seres humanos ainda passarem fome. No entanto, suas palavras estão longe de produzir políticas eficientes de combate às mazelas do mundo.

Para conversar com Bruno Toranzo, autor do texto, mande uma mensagem para o seguinte e-mail: brunovdpt@hotmail.com

São Paulo tem passarela exemplo

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Quando falamos em reciclagem, a primeira ideia que vem à cabeça é a existência dos cestos de lixo de cores diversas. Depois de um tempo de explicação sobre a utilidade de cada um deles, do que estão aptos a receber, além de não lembrarmos o que cada cor representa, esquecemos que a reciclagem é a passarela que sustenta a nossa qualidade de vida.

A Passarela Verde, que fica na avenida Eusébio Matoso, zona oeste de São Paulo, foi construída a partir da utilização dos materiais reciclados. Ela é toda feita de objetos reaproveitados. Inaugurada há quase um ano, ela tem 95 metros de extensão. Os paineis, por exemplo, foram feitos de uma mistura de diversos tipos de plástico. As sobras do material usado na construção dos paineis serviram para construir os bancos de uma praça, localizada ao lado da passarela.

Para formar as placas de piso, foram usados 1500 pneus. Ou seja, centenas de pneus que deixaram de ser enviados para os aterros sanitários ou para a beira dos rios. As embalagens de pasta dental se tornaram o revestimento dos elevadores. O bambu estrutura parte do teto, pois ele absorve grande quantidade de dióxido de carbono para crescer. O piso é permeável, o que faz com que a água da chuva chegue ao solo.

O telhado verde cobre toda a passarela e permite a penetração da água da chuva. Tal processo, além de ajudar a combater as ilhas de calor, locais onde a temperatura é muito alta por causa do concreto e do asfalto, evita a ocorrência das problemáticas enchentes, cuidados importantes para qualquer grande cidade.

São atitudes assim que farão a diferença para a formação de uma nova economia. Por isso, vale a pena adotar essas práticas alternativas. Em nossas casas, podemos adotar o hábito de separar o lixo reciclável para o pessoal da coleta seletiva. Temos ainda a opção de deixar materiais considerados perigosos, como a bateria do celular e a pilha, nas instituições que dão um destino adequado, bem distante dos recursos naturais. O meio ambiente agradece.

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Notas sobre o aquecimento global
FONTE: Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU (Organização das Nações Unidas) 2007-2008.

*Enquanto apenas 13% da população do planeta vive nas nações economicamente mais desenvolvidas, são essas as nações responsáveis por mais da metade da emissão dos gases de efeito estufa;
*O estado australiano de Nova Gales do Sul (6,9 milhões de habitantes) tem uma pegada de carbono de 116Mt Co². Esse índice é comparável ao total de Bangladesh, Camboja, Etiópia, Quênia, Marrocos, Nepal e Sri Lanka juntos;
*Nos Estados Unidos, os 23 milhões de habitantes do estado do Texas somente são responsáveis por mais emissões de gás carbônico (CO²) do que os 690 milhões de habitantes da África subsaariana;
*Um residente médio dos Estados Unidos é responsável pela emissão de 20,6 toneladas de gás carbônico por ano. Um chinês médio, 3,8 toneladas; um etíope, apenas 0,1 tonelada;
*O crescimento per capita de emissão de CO² no Canadá desde 1990 (cinco toneladas) é maior do que o total de emissões per capita na China hoje;
*Os Estados Unidos e a União Européia juntos são responsáveis por 10Gt das 29 Gt liberados anualmente em todo o planeta.

Em Copenhague, capital da Dinamarca, entre os dias 7 e 18 de dezembro, os países vão se reunir para firmar um acordo com o objetivo de diminuir a emissão dos gases-estufa, como o dióxido de carbono e o metano, nos próximos anos. O que você gostaria de dizer para as autoridades sobre o aquecimento global? Deixe sua mensagem no espaço reservado aos comentários.

A moda é ser consciente

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Quem não gosta de estar atualizado sobre as últimas tendências da moda? Além da beleza, cores e gostos, o que está em alta é a moda ética. Além de mostrar atitude, você colabora com o meio ambiente, por exemplo, usando as Ecobags. Elas são sacolas de tecido e substituem as de plástico, que levam cerca de 400 anos para se decompor.

Só no Brasil, são produzidas 200 mil toneladas de sacolas plásticas por ano. As primeiras ecobags foram criadas para a campanha "I'm not a plastic bag", de uma rede de supermercados americana. A moda virou sucesso nos EUA, Canadá e Reino Unido. A partir daí, conquistou o mundo. No Brasil, esteve super presente nos corredores da Bienal do São Paulo Fashion Week 2008.

O estilista Caio Von Vogt, por exemplo, desenvolveu a linha Ecovogt. Para diferenciar, ele usou um tecido fabricado a partir da fibra da juta com a textura do linho. O tecido é tingido com corantes naturais. Enquanto essas sacolas levam dois anos para se decompor, o algodão precisa de 10 anos e o poliéster só deixa de fazer parte do meio ambiente após um século.

A idéia de moda ecologicamente correta não ficou de fora no SPFW deste ano. O último dia de desfile foi aberto pela grife Isabela Capeto. Na apresentação, a estilista transformou tecidos reciclados e latas de refrigerante vazias em acessórios para o cabelo das modelos. Afinal, o fashion é usar a moda com responsabilidade.

Converse com a autora do texto Cintia Roberta. Mande uma mensagem para o seguinte e-mail: ctaroberta@gmail.com

Produção do sorvete pode emitir menos carbono

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A onda verde virou moda entre fabricantes e consumidores, tanto que a Unilever, maior fabricante de sorvetes do mundo e dona das marcas Magnum e Ben & Jerry’s, está trabalhando em parceria com os cientistas da Universidade de Cambridge para desenvolver um sorvete que não precisa ser refrigerado antes de chegar à casa do cliente.

De acordo com os cálculos realizados, essa ideia vai diminuir a emissão dos gases-estufa durante o processo de fabricação, pois não será necessário armazenar o produto em refrigeradores enquanto estiver nos estoques das fábricas e, depois de distribuído, dos mercados.

Em entrevista ao portal inglês
Times Online , o vice-presidente da Unilever, Gavin Neath, disse que se der certo e o sabor permanecer o mesmo, o sorvete viajará em caixas e, somente depois da compra, o consumidor vai colocar o produto para gelar no freezer. Dessa forma, a empresa pretende reduzir a emissão de quatro milhões de toneladas de carbono por ano gastos durante as etapas que envolvem a produção. Já valeu a iniciativa.

Mande uma mensagem para a autora Carolina Vertematti no e-mail: carolvertematti@gmail.com

A receita para um mundo melhor

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(Clique sobre o quadro para melhor visualização)

As oito "Metas de Desenvolvimento do Milênio" foram formuladas pela ONU (Organização das Nações Unidas) com o intuito de mostrar às autoridades competentes, além da própria sociedade, quais são os caminhos para melhorar a vida das pessoas em todas as partes do planeta, especialmente nos países pobres. Esse conjunto de metas foi adotado pelos 192 Estados-membros em uma reunião realizada no dia 8 de setembro de 2000, praticamente nove anos atrás. Nessa data, ficou estabelecido que a receita para um mundo melhor fosse cumprida à risca até o ano de 2015.

Novas reservas de petróleo

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O pré-sal traz preocupação com o meio ambiente
Mesmo com a expectativa de aumento da reserva de petróleo brasileiro em mais de quatro vezes, a exploração do novo óleo vai aumentar a emissão de gases-estufa.

As reservas gigantescas de petróleo descobertas no litoral brasileiro, entre os estados do Espírito Santo e de Santa Catarina, colocarão o país no grupo dos maiores produtores da commodity, palavra usada para designar os produtos primários negociados no mercado financeiro internacional. Por estar abaixo de uma extensa camada de sal, esse tipo de petróleo de maior qualidade é chamado de pré-sal. As estimativas dos estudos apontam para 60 bilhões de barris de óleo equivalente (a sigla é boe), o que inclui petróleo e gás natural, mais de quatro vezes superior à reserva total brasileira (14 bilhões de boe).

Na segunda-feira, último dia de agosto, o governo divulgou o novo sistema de exploração. Diferentemente do que era feito com o óleo comum, através do regime de concessão, quando as petrolíferas dos países desenvolvidos, como a americana Exxon Mobil e a britânica British Petroleum, dividiam a exploração dos campos de petróleo com a Petrobras, as novas regras, por meio do regime de partilha, definem que uma empresa 100% estatal, a Petro-Sal, será criada para coordenar as atividades, uma espécie de fiscalizadora da extração, além da Petrobras ter direito de explorar a fatia de 30% de todos os blocos do pré-sal.

Ou seja, pelas novas regras, a União é proprietária do petróleo extraído, e o investidor recebe uma parcela da produção. A ANP (Agência Nacional do Petróleo), antes responsável pela regularização e fiscalização da atividade, perde espaço. Sua função agora é realizar as licitações das áreas de extração.

O governo tem a intenção de utilizar a pomposa arrecadação para investir em educação, tecnologia e no combate à pobreza. Os recursos advindos do pré-sal serão enviados para todos os estados da federação de maneira igualitária, com exceção dos produtores, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que, depois de uma reunião dos governadores dos três estados com o presidente Lula, conseguiram um valor maior.

O problema está no prejuízo ao meio ambiente que a comercialização de todo esse petróleo vai trazer. Em um momento de discussão sobre como diminuir as emissões de gases-estufa, o petróleo, uma matriz energética suja, causadora do aquecimento global, aumentará seu grau de importância na economia brasileira. De acordo com um estudo do Greenpeace, o país, caso explore todas as reservas estimadas do pré-sal, passará a emitir todos os anos mais de 1,3 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO²). Mesmo que diminua a devastação da Floresta Amazônica, os brasileiros continuarão a ocupar as primeiras posições no ranking dos maiores emissores dos gases responsáveis pelo aumento drástico da temperatura do planeta.

Além da preocupação ambiental, o pré-sal traz outro desafio para o governo. O dinheiro arrecadado precisa ser efetivamente gasto em melhorias sociais. A ideia é criar um fundo voltado para os investimentos de caráter social, principalmente para a educação, já que mais de 14 milhões de brasileiros, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) realizada no ano de 2007, são analfabetos. Isso sem falar dos analfabetos funcionais, aqueles que leem um texto, mas não entendem a mensagem que o autor pretendeu passar.

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Infeliz recorde

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Fome pode atingir 1 bilhão de pessoas em 2009
O número de famintos foi calculado pela FAO, órgão vinculado às Nações Unidas. No ano passado, o setor financeiro recebeu nove vezes mais dinheiro do que o fundo de combate à fome obteve no último meio século.

Um triste recorde. A fome no mundo deve atingir 1 bilhão de pessoas no final deste ano, um número jamais registrado na história, segundo projeção da FAO, segmento da ONU (Organização das Nações Unidas) que cuida dos assuntos relacionados à agricultura e à alimentação.

Na região da Ásia e do Pacífico, a FAO estima que 642 milhões de pessoas não tenham o que comer. A região da África Subsaariana, abaixo do Deserto do Saara, em uma área que compreende a maior parte do continente africano, tem 265 milhões de pessoas passando fome. Em seguida, no ranking em que as últimas posições são as mais desejadas, estão América Latina e Caribe, com 53 milhões, África do Norte e Oriente Médio, com 42 milhões, e os países desenvolvidos, com 15 milhões.

A crise econômica, que começou com a instabilidade no setor imobiliário americano, consumiu uma montanha de dinheiro. As instituições financeiras dos países desenvolvidos receberam, apenas em 2008, nove vezes mais dinheiro público nos projetos de socorro do que todos os países pobres em meio século, ao longo dos últimos cinquenta anos.

Segundo a campanha pelo cumprimento das Metas do Milênio da ONU, que objetiva melhorar a qualidade de vida nos países em desenvolvimento, o Terceiro Mundo recebeu o equivalente a US$ 2 trilhões em doações dos países ricos. O setor financeiro, sob ameaça de colapso em meio à gravidade da crise, obteve US$ 18 trilhões em ajuda pública, especialmente do banco central americano, somente no ano passado.

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