Relatório defende revisão do conceito de PIB
Economistas, como Joseph Stiglitz, defendem que o Produto Interno Bruto considere sustentabilidade e bem-estar social para calcular a riqueza de um país.
"A principal mensagem é a necessidade de se deixar de lado o fetichismo do PIB e de compreender os seus limites", disse o economista Joseph Stiglitz, professor da Universidade de Columbia. "Há muitos aspectos de nossa sociedade que não são cobertos pelo PIB", completou.
As declarações de Stiglitz, um dos maiores especialistas de macroeconomia, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2001, resumem o conteúdo do relatório preparado por ele e outros economistas de renome. O documento foi encaminhado para o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que se comprometeu a lutar pela revisão do conceito de PIB.
Um dos termos econômicos mais utilizados, o Produto Interno Bruto, conhecido como PIB, é o resultado da soma das riquezas produzidas e dos serviços disponibilizados por um país. Os investidores consideram o crescimento do PIB, sempre comparado ao ano anterior, para saber se a economia de uma nação está vivendo um bom ou mau momento.
A China, por exemplo, registra crescimentos espetaculares há anos consecutivos. O problema está no resultado ambiental desse espetacular desempenho. Os habitantes das principais cidades chinesas sofrem com problemas respiratórios graves causados pela forte poluição do ar. Em relação aos rios mais importantes, a água está contaminada. As indústrias, a exemplo do que ocorre em alguns lugares do Brasil, não hesitam em lançar seus dejetos químicos na natureza.
O problema, de acordo com os economistas que se preocupam com os fatores sociais, é que o PIB não leva em conta a sustentabilidade e o bem-estar humano. Ele tão somente considera o âmbito financeiro na avaliação da economia dos países. O professor Stiglitz chamou a atenção para o exemplo dos Estados Unidos. Entre os anos de 2000 e 2008, a renda média das famílias americanas, segundo os recentes dados do censo, caiu cerca de 4%. No mesmo período, o PIB cresceu.
Uma revisão do conceito de Produto Interno Bruto, através da inclusão da preocupação com o meio ambiente e com o bem-estar da população, por meio do combate à miséria, traria justiça para o indicador. Não basta que a economia cresça. O mais importante é que esse crescimento beneficie toda a sociedade.
Escreva para Bruno Toranzo, o autor do texto. Mande sua mensagem para o seguinte e-mail: brunovdpt@hotmail.com
Economistas, como Joseph Stiglitz, defendem que o Produto Interno Bruto considere sustentabilidade e bem-estar social para calcular a riqueza de um país.
"A principal mensagem é a necessidade de se deixar de lado o fetichismo do PIB e de compreender os seus limites", disse o economista Joseph Stiglitz, professor da Universidade de Columbia. "Há muitos aspectos de nossa sociedade que não são cobertos pelo PIB", completou.
As declarações de Stiglitz, um dos maiores especialistas de macroeconomia, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2001, resumem o conteúdo do relatório preparado por ele e outros economistas de renome. O documento foi encaminhado para o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que se comprometeu a lutar pela revisão do conceito de PIB.
Um dos termos econômicos mais utilizados, o Produto Interno Bruto, conhecido como PIB, é o resultado da soma das riquezas produzidas e dos serviços disponibilizados por um país. Os investidores consideram o crescimento do PIB, sempre comparado ao ano anterior, para saber se a economia de uma nação está vivendo um bom ou mau momento.
A China, por exemplo, registra crescimentos espetaculares há anos consecutivos. O problema está no resultado ambiental desse espetacular desempenho. Os habitantes das principais cidades chinesas sofrem com problemas respiratórios graves causados pela forte poluição do ar. Em relação aos rios mais importantes, a água está contaminada. As indústrias, a exemplo do que ocorre em alguns lugares do Brasil, não hesitam em lançar seus dejetos químicos na natureza.
O problema, de acordo com os economistas que se preocupam com os fatores sociais, é que o PIB não leva em conta a sustentabilidade e o bem-estar humano. Ele tão somente considera o âmbito financeiro na avaliação da economia dos países. O professor Stiglitz chamou a atenção para o exemplo dos Estados Unidos. Entre os anos de 2000 e 2008, a renda média das famílias americanas, segundo os recentes dados do censo, caiu cerca de 4%. No mesmo período, o PIB cresceu.
Uma revisão do conceito de Produto Interno Bruto, através da inclusão da preocupação com o meio ambiente e com o bem-estar da população, por meio do combate à miséria, traria justiça para o indicador. Não basta que a economia cresça. O mais importante é que esse crescimento beneficie toda a sociedade.
Escreva para Bruno Toranzo, o autor do texto. Mande sua mensagem para o seguinte e-mail: brunovdpt@hotmail.com
Bruno Toranzo, estudante de jornalismo da UMESP, sempre trabalhou com economia. Antes de estagiar na GloboNews, canal de notícias das Organizações Globo, passou pelo portal informativo InfoMoney, pela Revista Exame e pelo Jornal do SBT. Há alguns meses, está atrás de pautas que mostrem a viabilidade de uma nova economia, fundamentada no respeito ao ser humano e ao meio ambiente.
Carolina Vertematti está na reta final do curso de jornalismo da UMESP. Trabalhou por três anos como gerente de marketing da franquia de móveis Florense ABC até integrar a equipe de escutas do jornal Brasil Urgente da TV Bandeirantes, veículo que permaneceu por quatro meses. Desde janeiro de 2009, exerce a função de repórter da revista TITITI da editora Abril.
Cintia Roberta é estudante do último semestre de jornalismo da UMESP. Trabalha na Record News, primeiro canal de notícias na TV aberta brasileira, desde a estreia da emissora, há dois anos. No canal, já passou pelo hardnews e, atualmente, trabalha na produção de programas.
1 comentários:
O sistema econômico precisa ser revisto. Temos de lutar por uma economia justa que privilegie o combate à miséria. Olhe para o Nordeste e perceba as precárias condições que as pessoas são obrigadas a viver.
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