É impossível imaginar a realização de uma obra sem cimento. E só a indústria cimenteira é responsável por quase 7% das emissões mundiais de gás carbônico, segundo o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), porque no processo de fabricação de cada tonelada de clínquer, o componente principal do cimento, é liberada a mesma quantidade de dióxido de carbono (CO²) na atmosfera.
A saída para alguns fabricantes foi diminuir esse produto na fórmula do cimento e, assim, reduzir o impacto que a sua fabricação causa no meio ambiente. Isso tem acontecido com CPIII, tipo de cimento que substitui o clínquer por restos de material das siderúrgicas, como sobras de minério de ferro, coque e calcário.
A vantagem é que, além do produto ser mais resistente, ele é ecologicamente correto. Entretanto, a produção ainda está restrita ao sul e sudeste por causa da grande quantidade de indústrias siderúrgicas situadas nessas regiões. As cimenteiras Votorantim, Holcim, Camargo Corrêa, Lafarge e João Santos produzem o cimento ecológico no Brasil.
Na Europa, também foi desenvolvido um cimento que emite menos CO² no ar no processo de fabricação, porém existe muita polêmica sobre seu uso. Tudo porque o concreto Hemcrete, como é chamado, tem em seu composto o cânhamo, fibra vegetal que deriva do Cannabis, gênero botânico do qual se produz maconha e haxixe.
O principal benefício do inovador cimento, de acordo com a fabricante Tradical, é que o produto sequestra carbono do ar, já que o cânhamo absorve CO² durante o crescimento. Outro ponto positivo do ponto de vista ambiental: quando ocorre a demolição de uma construção feita com esse tipo de material, ela tem a capacidade de virar fertilizante para o solo.
Mesmo com as vantagens para a preservação do meio ambiente, esse cimento não é largamente produzido, porque, como dissemos, a fibra vegetal não é bem vista ao redor do mundo por estar associada ao plantio da maconha e do haxixe. No Brasil, por exemplo, esse tipo de produto não é permitido para comercialização.
Comente o post no espaço reservado acima ou mande um e-mail para a autora Carolina Vertematti no carolvertematti@gmail.com
A saída para alguns fabricantes foi diminuir esse produto na fórmula do cimento e, assim, reduzir o impacto que a sua fabricação causa no meio ambiente. Isso tem acontecido com CPIII, tipo de cimento que substitui o clínquer por restos de material das siderúrgicas, como sobras de minério de ferro, coque e calcário.
A vantagem é que, além do produto ser mais resistente, ele é ecologicamente correto. Entretanto, a produção ainda está restrita ao sul e sudeste por causa da grande quantidade de indústrias siderúrgicas situadas nessas regiões. As cimenteiras Votorantim, Holcim, Camargo Corrêa, Lafarge e João Santos produzem o cimento ecológico no Brasil.
Na Europa, também foi desenvolvido um cimento que emite menos CO² no ar no processo de fabricação, porém existe muita polêmica sobre seu uso. Tudo porque o concreto Hemcrete, como é chamado, tem em seu composto o cânhamo, fibra vegetal que deriva do Cannabis, gênero botânico do qual se produz maconha e haxixe.
O principal benefício do inovador cimento, de acordo com a fabricante Tradical, é que o produto sequestra carbono do ar, já que o cânhamo absorve CO² durante o crescimento. Outro ponto positivo do ponto de vista ambiental: quando ocorre a demolição de uma construção feita com esse tipo de material, ela tem a capacidade de virar fertilizante para o solo.
Mesmo com as vantagens para a preservação do meio ambiente, esse cimento não é largamente produzido, porque, como dissemos, a fibra vegetal não é bem vista ao redor do mundo por estar associada ao plantio da maconha e do haxixe. No Brasil, por exemplo, esse tipo de produto não é permitido para comercialização.
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Bruno Toranzo, estudante de jornalismo da UMESP, sempre trabalhou com economia. Antes de estagiar na GloboNews, canal de notícias das Organizações Globo, passou pelo portal informativo InfoMoney, pela Revista Exame e pelo Jornal do SBT. Há alguns meses, está atrás de pautas que mostrem a viabilidade de uma nova economia, fundamentada no respeito ao ser humano e ao meio ambiente.
Carolina Vertematti está na reta final do curso de jornalismo da UMESP. Trabalhou por três anos como gerente de marketing da franquia de móveis Florense ABC até integrar a equipe de escutas do jornal Brasil Urgente da TV Bandeirantes, veículo que permaneceu por quatro meses. Desde janeiro de 2009, exerce a função de repórter da revista TITITI da editora Abril.
Cintia Roberta é estudante do último semestre de jornalismo da UMESP. Trabalha na Record News, primeiro canal de notícias na TV aberta brasileira, desde a estreia da emissora, há dois anos. No canal, já passou pelo hardnews e, atualmente, trabalha na produção de programas.
2 comentários:
Olá,
não seria uma novidade o país proibir a venda do cimento de Cannabis, porém se tivesse órgãos competentes e não corruptos para fiscalização, o plantio da fibra não se tornaria fonte de renda para traficantes e bandidos do colarinho branco.
Nesse Brasil não estamos preocupados em cuidar do meio ambiente, só nos preocupamos em roubar o que ainda resta do dinheiro público.
Abraços
Oi,
gostaria muito que o mercado ilegal de drogas não fosse uma forma dos policiais corruptos de ganhar dinheiro. Dessa forma poderíamos plantar a fibra da Cannabis e produzir o cimento ecológico. Infelizmente vivemos no Brasil da fiscalização inexistente, da honestidade mentirosa e da corrupção aflorada.
Julia
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